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No Brasil, as mulheres representam 49,56% do número total de profissionais que vivem das águas, totalizando 781.596 pescadoras artesanais, cerca de 30 mil mulheres da pesca amadora e esportiva e 4.960 aquicultoras registradas. Essas mulheres, muitas vezes invisibilizadas, ocupam espaços fundamentais nos setores da pesca e da aquicultura, impulsionando transformações profundas nas comunidades e na economia local. No mês de março, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) celebra as histórias dessas mulheres por meio do Prêmio Mulheres das Águas, que, na sua 2ª edição, reconhece as trajetórias de mulheres que são exemplo de superação e inovação.
Entre as premiadas, Margareth da Silva Julião, pescadora artesanal de Arraial do Cabo (RJ), foi a vencedora na categoria “Pesca Artesanal Marinha”. Aos 63 anos, Margareth carrega consigo a tradição de sua família – filha, neta e bisneta de pescadores. Desde jovem, ela enfrentou os desafios de um setor predominantemente masculino, mas sempre se viu como parte fundamental das águas que a cercam. “Sou mulher, sou pescadora, sou das águas. Aprendi a transformar os desafios em força, ocupando espaços antes negados e mostrando que, assim como o mar, nossa determinação é imensa e incontrolável”, afirma Margareth. Sua experiência contribuiu para a preservação das práticas tradicionais de pesca e o empoderamento feminino.
Outra história inspiradora é a de Marinalva Ferreira Moura, vencedora na categoria “Aquicultura Continental”. Moradora de Tocantins, Marinalva tem se dedicado à aquicultura no Lago de Palmas por mais de 10 anos, com o objetivo de gerar emprego, renda e promover a preservação da biodiversidade local. “Esses prêmios são importantes, mas o que realmente me motiva é o impacto que posso causar na minha comunidade”, destaca Marinalva, que também desenvolve um projeto de pesquisa em parceria com a Embrapa Pesca e Aquicultura para aprimorar o cultivo do tambaqui. Ela acredita que a aquicultura é uma ferramenta essencial para a proteção dos recursos naturais e a promoção da sustentabilidade ambiental.
Maria das Neves, mais conhecida como Maria das Águas, é a vencedora na categoria “Pesca Artesanal em Águas Continentais”. Natural de Lagoa do Carro, Pernambuco, Maria tem 67 anos e começou a pescar aos 7 anos, ajudando sua mãe, também pescadora. “A luta de nossa família sempre foi contra a fome, perdi 2 irmãos pela falta de alimento. Minha mãe teve 23 filhos e filhas, por isso, as coisas eram muito difíceis. A pesca sempre foi o que nos alimentou”, relembra. Maria segue ativa na luta por melhores condições de vida para as mulheres pescadoras e pela representatividade feminina no setor.
Além de sua atuação como pescadora, Maria das Águas é membro da Associação de Pescadores e Agricultores de Feira Nova (PE) e luta por direitos fundamentais para a comunidade pesqueira. “Estou na luta por nenhum direito a menos, enquanto tiver fôlego e puder caminhar ao lado dos excluídos, sempre com fé em Deus. Viva a pesca artesanal e a categoria pesqueira em todas as nações!”, declara a pescadora, que continua sua jornada de resistência, incentivando outras mulheres a se unirem pela valorização e preservação da pesca artesanal.
Essas mulheres são apenas algumas das que, com coragem, determinação e muito trabalho, estão escrevendo a história da pesca e aquicultura brasileiras. Elas são prova de que as águas estão cheias da força feminina.
Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura
Fonte: Google Alert - CBS e IBS